Solidão

Autor Valéria Centeville –

A solidão é uma das queixas mais frequentes hoje em dia, especialmente nas grandes cidades.

Observo que cada vez mais pessoas se sentem como se estivessem sozinhas no mundo, mesmo quando possuem família. Os contatos humanos parecem ser cada vez mais raros e superficiais, quase sempre por obrigação e não por prazer. Claro que nem todos fazem parte dessa estatística, mas penso que essa tendência vem aumentando cada vez mais.

Acho que uma das grandes causas da solidão está na cultura do individualismo, na crença de que é possível viver sozinho, isolado da sociedade. Isso pra mim é uma ilusão, pois o ser humano é um ser social, sempre foi. Necessitamos uns dos outros tanto no sentido emocional quanto no sentido material. É por isso que cada pessoa é diferente, possuindo habilidades complementares. Em conjunto, podemos suprir todas as nossas necessidades.

Mas de uns tempos pra cá, observo que há uma tendência ao isolamento das pessoas, cada família fica em sua própria casa e, dentro de casa, cada membro fica dentro do seu quarto. Nos edifícios, a maioria das pessoas não conhecem seus vizinhos ou conhece muito superficialmente. Em grandes centros urbanos, as visitas são cada vez menos frequentes, pois as pessoas estão praticamente o tempo todo com pressa.

Corre-se pra lá e pra cá, com pressa para o trabalho, para a academia, supermercado, consultório, faculdade, sempre com pressa. Num contexto como esse, é fácil compreender por que há tantas pessoas tristes, solitárias e deprimidas. Falta o contato humano, a verdadeira preocupação com o outro. O afeto positivo (desejar que o outro esteja bem) é substituído muitas vezes pelo medo do outro, medo de que o outro pegue a vaga do estacionamento primeiro, medo de que o outro seja um bandido que vai assaltar, pois o noticiário mostra isso todos os dias. O outro passa a ser visto como um inimigo em potencial. Graças a Deus, nem todo mundo vive com tanto medo assim, mas muitas pessoas vivem, pois o medo está no ar. Vivemos na cultura do medo. Na sociedade do ter e do medo de perder o que tem e ficar sem nada. Pois onde impera o individualismo e a competição, quem não tem não recebe ajuda.

Com tanto medo no ar, na televisão, nas conversas diárias, as pessoas começam a se isolar em suas casas, ficando solitárias e infelizes. Infelizes porque o ser humano nasceu pra viver em sociedade, pra compartilhar amor, carinho, respeito, solidariedade e também coisas materias. Um precisa do que o outro faz, do que o outro sabe e do que o outro produz. É por isso que existe o comércio, para trocarmos e obtermos tudo o que precisamos ou desejamos. Quem não sabe trocar não sabe viver. E as trocas afetivas são tão importantes quanto as materiais e intelectuais. É preciso dar e receber amor, amizade, carinho, reconhecimento, idéias, etc.,

O isolamento, a falta de amor, o medo, tudo isso são agentes causadores de grandes distúrbios como depressão e síndrome do pânico. Não é à toa que essas doenças estão na moda. O ser humano não nasceu pra viver sozinho e com medo dos seus semelhantes, mas sim para viver em sociedade, trocando amor, carinho, amizade, bens, serviços, idéias. Está na hora de sermos mais solidários uns com os outros, de pararmos com competições que não levam a lugar nenhum. O conhecimento é pra ser compartilhado. A sabedoria, o afeto e as coisas materiais também. Assim construiremos uma sociedade saudável e pacífica, que inclui todos. A solidão e o isolamento precisam ser substituídos pela solidariedade e pela convivência pacífica, amorosa entre os seres humanos. Esse é um dos grandes desafios de todos aqueles que habitam este planeta.

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Valéria Centeville
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